Monitoramento aéreo em tempo real impulsiona eficiência policial, reduz riscos e marca nova era na segurança pública do estado
São Paulo, 23 de outubro de 2025 – Em uma operação histórica, a Polícia Militar de São Paulo mobilizou 20 drones simultaneamente para monitorar áreas críticas do ABC Paulista, Osasco e Alto Tietê, resultando em 12 prisões – incluindo três foragidos da Justiça – e a apreensão de 11 kg de entorpecentes em apenas duas horas. A ação, deflagrada na última terça-feira (21), exemplifica como a tecnologia aérea está transformando o policiamento: maior agilidade, precisão cirúrgica e proteção aos agentes em campo.
Os drones, equipados com câmeras de alta resolução, transmitiram imagens ao vivo para uma central de controle via link direto entre o aparelho e dispositivos móveis dos comandantes. Essa comunicação em tempo real permitiu que mais de 200 policiais em terra recebessem orientações precisas, identificando suspeitos, veículos suspeitos e situações de risco sem expor a equipe a perigos desnecessários. “Foi como ter olhos no céu guiando cada passo”, descreveu um agente envolvido, que preferiu não se identificar.
O capitão Fábio Bernardo da Silva, do Comando de Aviação da Polícia Militar, destacou os ganhos táticos: “O emprego do drone permite que tanto o policial na linha de frente quanto o comandante saibam exatamente o que está acontecendo naquele momento e naquele local. Isso gera vantagem tática e administrativa, pois conseguimos observar potenciais riscos sem expor vidas e escolher a melhor estratégia a partir de informações precisas”. Ele completou: “O principal objetivo da tecnologia é ampliar a consciência situacional das equipes”.
Antes de decolar, cada drone passa por um ritual meticuloso de preparação. As equipes testam baterias, câmeras e sistemas de transmissão, configuram altura, parâmetros de voo e localização geográfica. “É um processo que garante a máxima eficiência e zero margem para falhas”, explicou o capitão Silva. Essa preparação faz parte de um treinamento contínuo, elevando o padrão das forças de segurança paulista.
O sucesso da operação não foi isolado. Segundo o coronel Caio de Oliveira, do Comando de Policiamento Metropolitano e responsável pela ação, os drones são “essenciais na captação de imagens, vídeos e no trabalho de inteligência policial”. Ele enfatizou: “É uma tecnologia que marca uma nova fase da vigilância e do monitoramento. Um divisor de águas, que além de agilizar a operação também permite de forma estratégica reprimir o crime”.
Embora esta tenha sido a maior mobilização de drones em uma única operação no estado, a PM já adota a ferramenta em rotinas variadas. Em grandes eventos culturais, como festivais de música, e em manifestações populares, os aparelhos monitoram perímetros amplos, identificam aglomerações de risco e reforçam a presença ostensiva. “É uma precisão sem igual. Seja em ações de policiamento ostensivo ou preventivo, o drone facilita o monitoramento de perímetros e o acompanhamento de alvos. É uma ferramenta de eficiência para o trabalho policial”, concluiu o coronel Oliveira.
Os números falam por si: em dois anos, o uso de drones na PM reduziu em 30% o tempo médio de resposta em operações urbanas, segundo dados internos da corporação. Com investimentos crescentes em tecnologia, especialistas preveem que, até 2026, o estado conte com uma frota de 100 aparelhos, expandindo o alcance para regiões rurais e fronteiras metropolitanas.
Essa evolução não só combate o crime com mais inteligência, mas salva vidas – de policiais e cidadãos. A operação de terça-feira prova: o céu agora é aliado da lei.
Por Redação do GazetaMetropolitana.com
