O Brasil acompanha, em meio a tensões políticas e jurídicas, mais um capítulo da crise que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre o pedido de reforço policial ostensivo nas imediações da residência de Bolsonaro, em Brasília.
O ofício partiu da Polícia Federal, assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, após solicitação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
A PF alertou para um “risco concreto de fuga” do ex-presidente, atualmente em prisão domiciliar desde 4 de agosto, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
“Chegaram ao conhecimento público e institucional informações sobre risco concreto de fuga do acusado, notadamente a possibilidade de tentativa de evasão para o interior da Embaixada dos Estados Unidos da América — e posteriormente solicitar asilo político — situada a aproximadamente dez minutos de seu domicílio em Brasília. Tal circunstância poderia frustrar o cumprimento da ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal”, diz o documento.

🔍 O cerco se fecha
No pedido, a Polícia Federal requer “reforço urgente e imediato” de policiamento ostensivo e discreto em torno da casa de Bolsonaro, além de checagem constante do sistema de monitoramento eletrônico.
A medida está inserida na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, um dos processos mais sensíveis da história recente do Brasil.
⚖️ Reflexo: democracia em xeque
A possibilidade de fuga de um ex-presidente para buscar asilo político em uma embaixada estrangeira não é apenas um dado de processo — é um choque institucional. Expõe um país dividido, onde a lei precisa se impor sobre a política, mas onde cada decisão carrega repercussões sociais e internacionais.
Bolsonaro, monitorado e restrito a visitas autorizadas pela Justiça, ainda mobiliza apoiadores e desafia instituições. Sua figura permanece no centro de um jogo de poder que transcende a política e coloca à prova a força da Justiça e da democracia brasileiras.
👉 A pergunta que ecoa agora é inevitável:
O Brasil está preparado para enfrentar um eventual confronto entre a lei e a possibilidade de um ex-presidente tentar escapar dela?
📌 Fonte: CNN Brasil