Por Redação GazetaMetropolitana.com
📅 26/08/2025
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos indevidos em benefícios do INSS aprovou, nesta terça-feira (26), um plano de trabalho considerado um dos mais abrangentes já apresentados. O relatório prevê a convocação de dez ex-presidentes do instituto e o convite a ex-ministros da Previdência Social que atuaram entre 2015 e 2025, período que atravessa quatro governos: Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
🔎 O que está em jogo
A investigação apura a suspeita de que milhares de aposentados e pensionistas foram vítimas de cobranças ilegais, por meio de descontos de mensalidades de associações diretamente na folha de pagamento do INSS.
Segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também serão chamados os presidentes das 41 entidades conveniadas, diretores de Benefícios do INSS, presidentes da Dataprev, além de representantes da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Nosso objetivo é dar segurança jurídica, celeridade e resultados práticos. A investigação não pode se perder em um tempo infinito, mas precisa identificar e responsabilizar todos os envolvidos”, destacou Gaspar.
📌 Eixos da investigação
O relatório final está previsto para março de 2026 e seguirá seis linhas principais:
- Mapeamento das irregularidades;
- Identificação dos responsáveis;
- Levantamento do número de vítimas e prejuízo ao erário;
- Rastreamento do caminho do dinheiro;
- Avaliação de falhas institucionais;
- Criação de medidas preventivas e propostas legislativas.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o trabalho será “extenso e ágil”. Já o vice-presidente eleito, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), reforçou: “Não importa se quem cometeu crimes é da direita ou da esquerda, cabe a nós investigar e garantir punição.”
⚠️ Impacto direto nos beneficiários
A denúncia levanta uma preocupação urgente: para quem depende da aposentadoria, qualquer desconto indevido pode significar fome, falta de medicamentos ou contas atrasadas. O escândalo, se confirmado, não apenas desviou recursos públicos, mas atingiu em cheio a dignidade dos mais vulneráveis.
👥 Quem será ouvido
Ex-presidentes do INSS: Lindolfo Sales, Elisete Berchiol, Leonardo Gadelha, Francisco Lopes, Edison Garcia, Renato Vieira, Leonardo Rolim, Guilherme Serrano, Glauco Wamburg e Alessandro Stefanutto.
Ex-ministros da Previdência citados: Carlos Gabas, Carlos Lupi, José Carlos Oliveira e o ex-secretário Marcelo Caetano.
🔮 Reflexão necessária
A CPMI do INSS abre uma oportunidade para que o país repense seus mecanismos de controle. Quem vigia os guardiões do dinheiro público? Se o órgão responsável por proteger os aposentados falhou, a resposta precisa ser firme, rápida e transformadora.
Mais do que punir culpados, o desafio é construir um sistema blindado contra novos abusos, garantindo que a Previdência seja, de fato, um porto seguro para quem trabalhou uma vida inteira.
📌 Fonte: Agência Câmara de Notícias