Movimento global de conscientização reforça detecção precoce e prevenção, com foco em reduzir as altas taxas de mortalidade pela doença

São Paulo, 16 de outubro de 2025 – Todos os anos, o mês de outubro se transforma em um símbolo de esperança e alerta com o Outubro Rosa, campanha internacional dedicada à conscientização sobre o câncer de mama. No Brasil, onde a doença é a mais incidente entre as mulheres, com estimativa de 73.610 novos casos anuais para o triênio 2023-2025, a iniciativa ganha ainda mais relevância ao promover a detecção precoce, capaz de elevar as chances de cura para até 95% quando identificada em estágios iniciais.

O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, impulsionado por organizações como a Fundação Susan G. Komen, e rapidamente se espalhou pelo mundo. No Brasil, a campanha chegou há cerca de 23 anos, com ações coordenadas por instituições como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde. Seu símbolo, a fita rosa, representa solidariedade e serve como lembrete visual para que mulheres mantenham exames em dia, como a mamografia, recomendada anualmente para aquelas entre 50 e 69 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com dados do INCA, o câncer de mama representa cerca de 29% dos casos de câncer em mulheres no país, com uma taxa de mortalidade que poderia ser reduzida em até 40% por meio de rastreamentos regulares. No entanto, a cobertura de mamografias no Brasil ainda fica abaixo da meta de 70% estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que reforça a urgência da campanha. Fatores de risco incluem histórico familiar, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool, mas a prevenção passa também por hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e exercícios físicos.

Esses números ganham vida nas inúmeras histórias de superação que circulam durante a campanha, mostrando como diagnósticos precoces transformam trajetórias e inspiram ações preventivas em comunidades de todo o país.
Em 2025, o Outubro Rosa no Brasil inclui ações como iluminação de monumentos em rosa, palestras educativas e mutirões de exames gratuitos pelo SUS. O Ministério da Saúde lançou recentemente uma publicação com dados atualizados, expandindo o acesso a terapias modernas e enfatizando a prevenção. Iniciativas privadas, como eventos esportivos com ações em estádios, também ampliam o alcance. No entanto, desafios persistem, como o aumento de casos em mulheres mais jovens, exigindo maior vigilância em faixas etárias abaixo dos 40 anos.
A campanha não para em outubro: especialistas alertam que a conscientização deve ser contínua. “Detectar cedo é a chave para vencer”, afirma o mastologista da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Com o envolvimento de todos – governos, sociedade e indivíduos –, o Outubro Rosa continua a iluminar caminhos para um futuro com menos diagnósticos tardios e mais histórias de vitória.
Por Redação do GazetaMetropolitana.com
