Grupo militante reafirma controle com violência interna, enquanto presidente dos EUA ameaça intervenção direta em meio a trégua frágil

Gaza, 16 de outubro de 2025 – Um vídeo circulando nas redes sociais expõe membros do Hamas executando civis palestinos acusados de colaboração com Israel ou oposição ao regime, em plena rua de Gaza. As imagens, verificadas por veículos como CNN e BBC, mostram execuções sumárias que chocaram a comunidade internacional. Em resposta, o presidente Donald Trump manifestou-se publicamente, alertando que os Estados Unidos poderão intervir militarmente se o grupo continuar a violar o recente acordo de cessar-fogo.

O incidente ocorre apenas dias após a entrada em vigor de uma trégua negociada por Trump, que visa encerrar dois anos de conflito entre Israel e o Hamas. No vídeo, analisado por especialistas, homens armados identificados como ligados ao Hamas arrastam e atiram em pelo menos sete indivíduos em Gaza City, sob alegações de “traição” e “colaboração com o inimigo”. Fontes locais estimam que pelo menos 33 palestinos foram mortos em uma onda de repressão interna desde o início da semana, segundo relatos da Reuters e do New York Times.

Contexto da Violência Interna em Gaza

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, tem enfrentado desafios internos crescentes após o cessar-fogo. Com o grupo enfraquecido por anos de confrontos com Israel, milícias rivais e clãs opositores emergiram, desafiando sua autoridade. Vídeos como o que circula agora – divulgados pela própria TV do Hamas em alguns casos – parecem servir como mensagem de intimidação para restaurar o “ordem e segurança”, conforme declarado por porta-vozes do grupo.

Analistas apontam que essas execuções não são inéditas. Em 2023, durante o auge do conflito, imagens semelhantes de execuções de supostos colaboradores foram registradas. No entanto, o timing atual, pós-trégua, levanta preocupações sobre a estabilidade do acordo. “O Hamas está tentando reafirmar seu domínio, mas isso pode minar qualquer progresso de paz”, comentou um especialista em Oriente Médio à CBS News, destacando que as vítimas incluem membros de famílias rivais, como o clã Doghmush, acusado de crimes e oposição.

Depoimentos de residentes em Gaza, coletados por jornalistas independentes, pintam um quadro de medo generalizado. “As ruas estão cheias de tensão. Ninguém se sente seguro, nem com o cessar-fogo”, disse um morador anônimo à BBC, sob condição de anonimato por receio de retaliações. Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, condenaram as ações como violações graves do direito internacional, exigindo investigações independentes. Do lado palestino, apoiadores do Hamas defendem as execuções como necessárias para combater “traidores”, enquanto opositores internos pedem ajuda internacional para combater o grupo.

Reação de Trump e Implicações Globais

O presidente Donald Trump, arquiteto do acordo de paz que incluiu a libertação de reféns e a desmilitarização parcial de Gaza, reagiu com firmeza. Em declaração à imprensa, ele afirmou: “Se o Hamas continuar matando pessoas em Gaza, o que não fazia parte do acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”. A ameaça veio após o envio de tropas americanas a Israel para monitorar o cessar-fogo, e Trump enfatizou que “não hesitará” em usar força letal se necessário.

A posição de Trump divide opiniões. Críticos, incluindo vozes democratas nos EUA, argumentam que uma intervenção americana poderia escalar o conflito para um nível regional, envolvendo atores como Irã e Hezbollah. Já apoiadores veem a declaração como uma demonstração de força necessária para manter a paz. Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu elogiou o tom de Trump, enquanto o governo palestino em Ramallah, na Cisjordânia, expressou preocupação com a violência interna em Gaza, pedindo moderação a todas as partes.

Desdobramentos incluem possíveis sanções adicionais ao Hamas e reuniões de emergência no Conselho de Segurança da ONU. A União Europeia condenou as execuções e apelou por diálogo, mas sem ações concretas até o momento. Enquanto isso, milícias anti-Hamas em Gaza relatam confrontos armados, sugerindo que a trégua pode estar em risco iminente.

Especialistas alertam que, sem uma resolução para as divisões internas palestinas, qualquer paz será superficial. “Gaza precisa de governança inclusiva, não de mais sangue”, resumiu um analista da Al Jazeera em post no X, ecoando o sentimento de muitos observadores.

Por Redação do GazetaMetropolitana.com

By contato@gazetametropolitano.com

Nascido em 1977, em Jundiaí, e cresceu em Cajamar, Alexsandro Assis é capelão, mentor e marceneiro com alma artesã. Formado em marcenaria, lecionou o oficio em Cajamar e, movido pela paixão por história e fé cristã, estuda arqueologia bíblica e teologia. Professor de computação e estudante de Tecnologia da Informação, também é jornalista, fundador do grupo Cajamar Quociente e do portal Gazeta Metropolitana, onde aborda notícias regionais e globais com perspectiva conservadora. Guiado por fé, estoicismo e amor transformador, Alexsandro inspira vidas com seu lema "Viva com propósito". Acompanhe-o no Instagram (@assis_alexsandro) ou em gazetametropolitana.com.

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Catia Silva Terapeuta TRG
Catia Silva Terapeuta TRG
1 mês atrás

Muito triste essas cenas. Eles não tem controle matam sem dó. A vida de quem mora nesse lugar deve ser de medo constante.

Última edição 1 mês atrás por contato@gazetametropolitano.com
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